Palestras
PALESTRA: P. A.
Fases exóticas e topologia: o Prêmio Nobel de Física 2016
Palestrante: Miguel A. C. Gusmão
(UFRGS)
Data: 15/11 - Hora 14:30 às 15:30
Resumo:
O Prêmio Nobel de Física de 2016,
conferido a David Thouless, Duncan Haldane e Michael Kosterlitz, talvez tenha
sido um pouco surpreendente, por não envolver pesquisas com um impacto imediatamente
visível para um público amplo. Segundo o anúncio da Academia Real Sueca de
Ciências, o prêmio foi dado "por descobertas teóricas de transições de
fase topológicas e fases topológicas da matéria". Nesta palestra, vamos
descrever que tipo de fases são essas e como a topologia pode ser empregada
como uma ferramenta de análise. Também ressaltaremos a atualidade do tema,
pois, embora as pesquisas premiadas tenham sido realizadas ainda no século
passado, há atualmente uma intensa atividade envolvendo novos materiais,
genericamente denominados "isolantes topológicos", nos quais fases
desse tipo estão presentes, existindo uma grande expectativa de aplicabilidade
desses materiais em novas tecnologias em um futuro próximo.
PALESTRA: P. 1
Sobre a Teoria Quântica não Relativistica e Relativistica no Espaço de Fase
Palestrante: José David M. Vianna
Instituto de Física - UFBA
Instituto de Física e Centro Internacional de Física - UnB
Instituto de Física - UFBA
Instituto de Física e Centro Internacional de Física - UnB
Data: 15/11 - Hora: 15:00 às 16:00
Resumo:
Nas três últimas décadas vem se
verificando a intensificação de pesquisas no domínio das Teorias Clássica e
Quântica visando formula-las sob a ótica de uma mesma estrutura matemática. Uma
das vantagens de tal enfoque é que possuindo as estruturas algébricas regras de
operação precisas, uma vez relacionadas com os fenômenos físicos podem ser exploradas de diferentes formas.
Neste contexto situam-se trabalhos de Prigogine e colaboradores, pesquisas de
Bohm, Frescura Hiley e trabalhos recentes de Amorim, Dessa, Fernandes, Khanna,
Siqueira, Martins, Miralvo, Santana e Vianna. O elemento comum nesses trabalhos
é o desenvolvimento das teorias no espaço de fase. Na presente comunicação
explora-se a estrutura algébrica da formulação da Teoria Quântica seguindo a
linha de desenvolvimento de Wigner e
Weyl. Com esse objetivo discute-se a representação da álgebra de Lie do grupo
de Galilei e do grupo de Poincaré em espaços de Hilbert. Mostra-se que além da
representação usual conhecida da Mecânica Quântica há uma representação em
termos de operadores estrela (star) oriundos do produto de Weyl. Constrói-se
então a representação da álgebra para o grupo de Galilei e o grupo de Poincaré
e mostra-se como reescrever a equação de Schrödinger e equações relativísticas no espaço de fase.
Como um dos resultados, o novo desenvolvimento permite obter funções de Wigner
sem o uso da equação de Liouville-von Neumann. Aplicações da formulação são
apresentadas e extensões apontadas.
PALESTRA: P. 2
Neutrinos: os 60 anos da descoberta e
seu papel fundamental na construção da Teoria Eletrofraca
Palestrante:
José Abdalla Helayel-Neto (CBPF)
Data: 15/11 - Hora: 16:30 às 17:30
Resumo:
A partir de sua proposta por Pauli (em
1930) e sua direta detecção por Cowan e Reines (em 1956), os neutrinos
mostraram-se atuar como partículas-guia na construção da Teoria Eletrofraca,
sobretudo por parte do Prof. Abdus Salam, desde o seu trabalho de doutorado até
a sua contribuição ao Simpósio do Nobel de 1968, trabalho que o levou a
compartilhar o Nobel de 1979. Tendo feito o meu curso de "Interações
Eletrofracas" com o próprio Prof. Salam, estarei apresentando vários
aspectos dos bastidores da construção do celebrado Modelo de
Salam-Glashow-Weinberg; a dita "cozinha" de um modelo tão bem
estruturado pode nos ensinar muito sobre a percepção do contexto que estamos
vivendo na Física de Interações Fundamentais nos dias de hoje.
PALESTRA: P. 3
Basics of electron-phonon interaction in a periodic crystal
Palestrante: Robson Ferreira (LPA/ENS-Paris)
Data: 16/11 - Hora: 16:30 às 17:30
Resumo:
We shall introduce an elementary description of the electron-phonon coupling in a crystal. The existence of different schemes for the electron-phonon interaction will be discussed. The physical origins and classical-to-quantized passages for both the deformation potential and the polarization potential mechanisms will be discussed with some detail.
PALESTRA: P. 7
PALESTRA: P. 7
Correlating cell morphology and viscoelasticity to investigate diseases with atomic force microscopy
Palestrante: Jeanlex Soares de Sousa (UFC)
Data: 18/11 - Hora: 14:00 às 15:00
Resumo:
Cell morphology is an important parameter to understand living cells and the role that it plays in the organisms. For example, if red blood cells (RBC), for some reason, changes its regular shape, it can change how the dynamics of blood flow occurs. The morphology of cells can be seen with most microscopes available today. However, this knowledge can be extended if one correlates cell morphology (specially in three dimensions) with other properties like elasticity, internal cell viscosity and motility. Atomic Force Microscope (AFM) is a relative novel technique that can offer more than morphological characterisation of samples. Its ability of touching sample surfaces with a controlled tiny amount of force can be used to study force interactions between the surface and the AFM probe. The AFM technique offers the possibility of probing samples in different atmospheres and environments (including liquids), which is essential for in vitro observations of delicate biological samples like living cells. In this chapter, we will show that the AFM provides the means to correlate alterations in morphological and/or mechanical characteristics of living cells with their disease state at cellular level. This knowledge can promote a better understanding about such diseases and a premature diagnosis. We present an AFM study of different types of human cells: RBCs and kidney cells, comparing their healthy and disease states in the light of morphological and mechanical characterization. In the case of RBCs, we will discuss how the sickle cell anemia affects their morphology and mechanical properties. In the case of kidney cells, normal and cancerous cells (carcinoma and adenocarcinoma) are compared and we show that different types of cancer exhibit distinguished mechanical properties.